Em uma tentativa de beneficiar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), revelou nesta semana seu desejo de unificar duas das três acusações contra o presidente do Senado. De acordo com Quintanilha, a jogada seria apenas para assegurar o “devido processo legal e o amplo direito de defesa”. A idéia de unificação, porém, poderia beneficiar Renan, uma vez que a defesa jurídica do Senador pode contestar o processo e até pedir a anulação das investigações. Por este motivo, ela está sendo bem aceita entre os senadores, sobretudo no grupo peemedebista aliado do presidente da Casa. Quintanilha ainda não sabe se pode ou não unificar todas as representações. Os argumentos políticos utilizados para que isso aconteça é que elas têm o mesmo objetivo, o de cassação, para o mesmo representado, Renan Calheiros, e o mesmo proponente, a oposição.
Acusações - Renan foi absolvido no Senado da acusação de receber ajuda de lobista para pagar as despesas da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Além disso, ele ainda responde a mais duas acusações: a primeira, acusando-o de tráfico de influências ao favorecer a cervejaria Schincariol na compra de uma fábrica de refrigerantes da família Calheiros, em Alagoas, e a segunda que acusa o senador de manter sociedade com o usineiro alagoano, por meio de laranjas, em veículos de comunicação. Como se não bastassem essas acusações, agora surge outra, a de que o presidente da Casa estaria envolvido com um esquema de arrecadação ilegal de dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB.